quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sobre o crescimente dos SUV (utilitários esportivos) em Recife

Dias atrás estava andando nas ruazinhas de boa viagem com o meu tio, que tinha acabado de chegar da Alemanha depois de uns 5 anos fora. Como cidadão brasileiro e pessimista (ou conformista, chame como quiser) achava que em 5 anos uma cidade não poderia mudar nada, ainda mais uma cidade grande no litoral de um país emergente. Porém o meu tio, como sempre andava observando tudo em Recife, afinal pra ele tudo é relativamente estranho e perigoso aqui, e além dos comentários que os alemães sempre fazem quando chegam aqui (como o de que Recife está infestada de prédios) ele foi além e disse também que notou que tinha crescido também o número de "carros grandes", os SUV/Utilitários esportivos.
Os SUV são carros espaçosos, potentes e caros. Sendo assim sinônimo de status pra parte da burguesia pernambucana. Se pudessemos dar características à décadas, o carro dessa primeira década do século 21 seria um SUV. Tudo bem que os estado unidenses sempre gostaram de ter carros grandes e potentes, porém eram os esportivos ou carros da família. Em algum lugar alguém decidiu unir o útil ao agrádavel e daí surgiram os SUV. São carros que em geral tem espaço de sobra e até 7 lugares. Uma maravilha. Mas sabemos que pra tanto peso e potência é necessário energia para sustentar, e sabemos todos que o consumo de combustível desses veículos não é dos mais econômicos.
A tedência de não se gastar mais em carros populares ou pequenos atinge a América do Norte e essa tedência começa a chegar por essas terras. Sabemos que não é sustentável ter carros tão espaçosos e "beberrões" assim nas ruas. Mas por quê a tedência é querer ter o carro maior e mais potente? Não devíamos repensar um pouco sobre o que é STATUS e começar a lançar tedências mais "verdes"?
Imagina como seria legal ver que uma pessoa é rica por ter um carro híbrido e confortável, ou que ela é bem de vida por que tem três bicicletas ao invés de uma moto? Sôa como loucura ou estupidez, eu sei. E como tentar ser vanguardista (e falhar) não enche barriga, cá me retiro desse texto sem sentido algum.

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